Yasmin Thayná é cineasta, seu filme mais recente é Kbela, “uma experiência sobre ser mulher e tornar-se negra”. É estudante de comunicação social da PUC-Rio e interessada por assuntos ligados à cultura digital, comunicação, cinema, literatura, raça e gênero. Passou pela Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, foi pesquisadora de políticas públicas da FGV e desde os 16 anos dirige, escreve e participa de produções de curta-metragem. Idealizou um projeto de audiovisual onde trabalhou com mais de 300 alunos da rede pública de ensino da Baixada Fluminense. Hoje, além de escrever no Brasil Post, é diretora do Afroflix, cofundou o projeto Nova Iguaçu Eu Te Amo e faz parte do Coletivo Nuvem Negra (coletivo de estudantes negros da PUC-Rio).
Dia 8/9, às 10h30
Amor maldito (Brasil, 1984, 76 min.)
Direção: Adélia Sampaio
Considerado o primeiro longa-metragem brasileiro dirigido por uma mulher negra, Amor Maldito narra uma história trágica de amor entre duas mulheres, Fernanda, uma executiva, e Sueli, uma ex-miss, filha de uma família evangélica e opressora, que comete suicídio. Tornada réu pela morte da ex-companheira, Fernanda é julgada por uma corte preconceituosa e cruel. O processo penal que atravessa o filme apresenta-se, assim, como um documento da mentalidade misógina e lesbofóbica que, estribada no fanatismo religioso, entranha-se na justiça, exercendo um controle nefasto sobre os corpos e sexualidade das mulheres lésbicas.
Cineasta
Adélia Sampaio
Nascida em Belo Horizonte, residente do Rio de Janeiro desde os seus 12 anos, Adélia Sampaio foi a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, o “Amor maldito”, além dos curtas-metragens “Denúncia Vazia”, “Agora um Deus dança em mim!”, “Adulto não brinca” e “Na poeira das ruas”.