A Mostra Competitiva Nacional é composta de documentários de curta, média e longa metragens nacionais, finalizados a partir de 2008, que concorrerão a uma premiação concedida por um júri de especialistas. Os concorrentes foram selecionados entre os inscritos, por uma equipe curatorial.
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Filmes da Mostra Competitiva
06 de novembro (sábado)
14h | Auditório
Querida mãe (Patrícia Cornils, São Paulo, 2009, 25’)
Minha mãe escreveu essas cartas em 1966. São quase tudo o que sei sobre ela. O filme recebeu o Prêmio de Melhor Curta-metragem Brasileiro no International Documentary Film Festival - É Tudo Verdade; e participou do Iguacine – Festival de Cinema de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro); Novíssimo Cinema Brasileiro (Rio de Janeiro); Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro; Festival Santa Maria Vídeo e Cinema (Rio Grande do Sul); do Panorama Coisa de Cinema (Bahia) e da Mostra de Cinema de Ouro Preto – CineOP (Minas Gerais).
Terras (Maya Da-Rin, Rio de Janeiro, 2009, 75’)
Na fronteira tríplice entre Brasil, Colômbia e Peru, as cidades gêmeas Letícia e Tabatinga formam uma ilha urbana cercada pela imensa floresta amazônica. As delimitações territoriais são,, muitas vezes encobertas pela densa vegetação e as fronteiras se confundem nos corpos e rostos de seus moradores. “Terras” acompanha o ritmo deste lugar de encontro e passagem, aproximando-se do cotidiano de seus habitantes. Depois de rodar o mundo participando de diversos festivais, o filme conquistou várias premiações, como o Prêmio Las Cámaras de la Diversidad no Festival Internacional de Cine de Guadalajara (México); Melhor Filme, segundo o Júri ABVC e Prêmio Especial do Júri, no Panorama Internacional Coisa de Cinema (Bahia); recebeu o troféu Melhor Filme "Caríssima Liberdade", na Mostra do Filme Livre (Rio de Janeiro) e foi indicado para o Dirk Vandersypen Award (Bélgica).
16h30 | Auditório
Bailão (Marcelo Caetano, São Paulo, 2009, 17’)
A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade; o enredo a urgência da vida. E o “Bailão” o ponto de convergência dessas histórias. Recebeu os prêmios de Melhor Curta do Cine-Pe - Festival do Audiovisual (Pernambuco); Melhor Curta Festival de Triunfo (Pernambuco); e Melhor Montagem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Distrito Federal). Participou do Kinoforum - Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e da Seleção Oficial do Festival Internacional de Cine de Huesca (Espanha).
A falta que me faz (Marília Rocha, Minas Gerais, 2009, 85’)
Durante um inverno, rodeado pela Serra do Espinhaço, um grupo de meninas vive o fim da juventude. Um romantismo impossível deixa marcas em seus corpos e na paisagem ao seu redor. Entre amizades, angústias e contradições da passagem para a idade adulta, cada uma encontra sua maneira particular de resistir à mudança e existir na incerteza. “A falta que me faz” participou do International Film Festival Rotterdam (Holanda); do Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente - BAFICI (Argentina); Film Festival of Direct Cinema - Kinoteatr.doc (Rússia); Distrital. Semana de cine mexicano y otros mundos (México); Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Distrito Federal); Mostra de Cinema de Tiradentes (Minas Gerais) e do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo – Festlatino. Neste último o documentário recebeu o Prêmio do Júri de Melhor Filme Latino-Americano.
07 de novembro (domingo)
14h | Auditório
Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos (Camilo Cavalcante, Pernambuco, 2009, 12’)
Um registro poético do imaginário popular do Sertão, às 18h, quando toca na rádio a Ave Maria Sertaneja, interpretada por Luis Gonzaga. Recebeu os prêmios de Melhor Filme, Melhor Fotografia e Melhor Som do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Distrito Federal); e Melhor Filme, Melhor Fotografia e Menção Honrosa Don Quixote, concedida pela Federação Internacional de Cineclubes no Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual (São Paulo).
Mãos de outubro (Vitor Souza Lima, Pará, 2009, 20’)
O filme aborda a festa do Círio de Nazaré. Outubro de festa. Romeiros, operários, escultores, estilistas, decoradores, guardas da Santa, fogueteiros, promesseiros, tocadores de sinos. Todas as classes, todas as idades. Todas as mãos que constroem a maior manifestação de fé do Brasil. Recebeu o Prêmio Canal Brasil e o Prêmio ABD-São Paulo de Melhor Curta-Metragem Brasileiro no International Documentary Film Festival - É Tudo Verdade (Rio de Janeiro/São Paulo); participou do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo; e do Ecocine - Festival de Inverno de Bonito (Mato Grosso do Sul).
Depois de Ontem, Antes de Amanhã (Christine Liu, São Paulo, 2009, 73’)
Josenilda, Lucivânia e Daniel são amigos. Os três vivem na cidade de Araçoiaba, interior de Pernambuco, a 67 km de Recife. Poderia ser um bairro da capital, mas não faz parte da zona urbana. Não é sertão nem chega a estar na Zona da Mata. É uma cidade isolada das áreas que usufruem de assistência. Josenilda e Lucivânia são mulheres que tentam encontrar espaço nessa realidade. Daniel é um trabalhador das plantações de cana-de-açúcar e fotógrafo. Os três se unem pela amizade e pelo amor à cidade. Durante o período das festas de São João, Araçoiaba revela sua força através das histórias desses personagens. O filme participou da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
16h30 | Auditório
Ruído Negro (Vladimir Seixas, Rio de Janeiro, 2009, 15’)
Fragmento da vida de três mulheres descendentes de escravos. Participou do Cine Esquema Novo - Festival de Cinema de Porto Alegre (Rio Grande do Sul); Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro; Festival Brasileiro de Cinema Universitário (Rio de Janeiro e São Paulo) e da Semana dos Realizadores (Rio de Janeiro).
Atrás da Porta (Vladimir Seixas, Rio de Janeiro, 2010, 92’)
Um registro da experiência de arrombar prédios e criar novos espaços de moradia das famílias sem-teto do Rio de Janeiro. O filme expõe também uma série de despejos forçados pelo Estado e como esses despejos são o início de uma das maiores intervenções na cidade. No documentário, o projeto chamado de “revitalização” é questionado pelos próprios moradores de várias ocupações. O filme foi exibido no Festival CineRebelde (Rio de Janeiro) e no Cinecufa (Rio de Janeiro).
08 de novembro (segunda-feira)
14h | Auditório
Peixe pequeno (Vincent Carelli e Altair Paixão, Pernambuco, 2010, 3’)
Enquanto todos estão ocupados com a pesca da aldeia...
Kene Yuxí, As Voltas do Kene (Zezinho Yube, Pernambuco, 2010, 48’)
Ao tentar reverter o abandono das tradições do seu povo e seguindo as pesquisas do seu pai, o professor e escritor Joaquim Maná, Zezinho Yube corre atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Huni Kui, auxiliado por sua mãe. O filme participou do Vídeo Índio Brasil.
Espelho Nativo (Phillipi Bandeira, Ceará, 2009, 52’)
Em Almofala, litoral norte do Ceará, os Tremembé lutam para afirmar sua contemporaneidade e assegurar os direitos reservados aos povos indígenas no Brasil. Por muitos anos, tiveram que se esconder para sobreviver à violência, ao extermínio e à invasão de suas terras tradicionais. Hoje, ao contrário, precisam mostrar quem são e reafirmar sua cultura. Mas quem são esses índios, como manter uma cultura com o intenso contato com os brancos, que imagem se espera desses índios? Entre lutas e encantamentos, um espelho se abre, e, para além do mero reflexo das imagens, projeta luz e reflexão. O filme participou da Muestra Internacional Documental de Colombia (Seleción Internacional); do Festival do Filme Documentário e Etnográfico / Fórum de Antropologia, Cinema e Video - forumdoc.bh (Minas Gerais); e dos Seminários Imagens da Cultura, Cultura de Imagens (Portugal).
09 de novembro (terça-feira)
14h | Auditório
Eu, Turista (Guto Parente, Ceará, 2010, 18’)
Um par de olhos já não basta.
Aeroporto (Marcelo Pedroso, Pernambuco, 2010, 22’)
Estarei partindo logo. É tão estranho pensar que esse tempo está acabando, as pessoas que conheci aqui parecem quase velhos amigos agora. Provavelmente, nunca mais vou vê-las. Um pensamento triste, mas, eu acho, bem realista. A Austrália é tão longe do resto do mundo...
Pacific (Marcelo Pedroso, Pernambuco, 2009, 72’)
Uma viagem de sonho em um cruzeiro rumo a Fernando de Noronha. As lentes dos passageiros captam tudo, a todo instante. Eles se divertem, brincam e vão a noitadas. Desfrutando de seu ideal de conforto e bem-estar, a cada dia aproximam-se mais do tão sonhado paraíso tropical. O filme recebeu os prêmios: Prêmio Caríssima Liberdade, na Mostra do Filme Livre (Rio de Janeiro); Prêmio do Júri e Prêmio do Júri Jovem, do Panorama Coisa de Cinema (Bahia). Foi exibido na Janela Internacional de Cinema do Recife (Pernambuco), na Mostra de Cinema de Tiradentes (Minas Gerais), na Mostra Cineastas e Imagens do Povo (Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal), no Festival de Cinema de Triunfo (Pernambuco), Indie (São Paulo) e na Semana dos Realizadores (Rio de Janeiro).
10 de novembro (quarta-feira)
14h | Auditório
7 voltas (Rogério Nunes, São Paulo, 2009, 19’)
Diversas crônicas se entrelaçam numa espiral narrativa, poética e quase onírica, sobre um lugar onde o sinuoso rio Tamanduateí descrevia sete voltas. Recebeu o Prêmio de Melhor Documentário no Cinesul - Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo (Rio de Janeiro); e de Melhor Edição e Melhor Documentário em Vídeo no Florianópolis Audiovisual Mercosul – FAM (Santa Catarina). Participou do Kinoforum - Festival Internacional de Curtas de São Paulo.
Um Lugar ao Sol (Gabriel Mascaro, Pernambuco, 2009, 71’)
“Um Lugar ao Sol” reúne depoimentos de moradores de luxuosas coberturas do Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O diretor teve acesso aos moradores através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. Neste livro, foram catalogados 125 donos de coberturas, dos quais apenas nove cederam entrevista. O documentário oferece um rico debate sobre desejo, visibilidade, altura, status e poder. Por todos os festivais onde vem sendo exibido, “Um Lugar ao Sol” vem provocando calorosas discussões, seja do ponto de vista social, seja do ponto de vista cinematográfico. O filme recebeu Menção Especial no Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente – BAFICI (Argentina) e Festival Internacional de Documentales de Santiago – FIDOCS (Chile) e esteve na seleção oficial de mais de 20 festivais, incluindo Visions du Rèel (Suíça), Munich Documentary Film Festival (Alemanha), Film Festival Bratisalva (Eslováquia), Havana Film Festival (Cuba), CPH:DOX (Dinamarca), Tartu World Film Festival (Estônia), Miami Filme Festival (EUA), Los Angeles Film Festival (EUA).
11 de novembro (domingo)
14h | Auditório do CAHL
O sarcófago (Daniel Lisboa, Bahia, 2010, 20’)
Um homem e sua peleja contra o inevitável processo de corrosão da carne e a tentativa de dominá-lo, retardá-lo, ignorá-lo. Um pós-exú, um pré-cyborg que corta a cidade como uma nota rebelde de rock’n roll. Bem vindo ao outro lado, ao que não deveria ser visto, ao obscuro e inexplicável. Bem vindo ao Sarcófago. O filme participou do Kinoforum - Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e do Panorama Internacional Coisa de Cinema (Bahia).
Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano (Henrique Dantas, Bahia, 2009, 75’)
O filme traça um rico panorama da Música Popular Brasileira dos anos 60 e 70, através do revolucionário e inovador grupo musical “Novos Baianos”. Particularmente, trata da influência de João Gilberto sobre os rumos musicais do grupo, e da sua importância para o seu aprimoramento. Traz uma retrospectiva do estilo de vida comunitário adotado durante algum tempo e a influência sobre os resultados no trabalho. “Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano” traz raros e inéditos materiais de arquivos e participações especiais de Tom Zé, Rogério Duarte, Orlando Senna, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, entre outros. O documentário recebeu o Prêmio de Júri Popular, o Prêmio Especial de Juri, o Prêmio Marco Antônio Villaça e o Troféu Vagalume no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Distrito Federal); e participou do Festival de Cinema Brasileiro de Paris e do Panorama Coisa de Cinema (Bahia).