O lugar do documentário: questões sobre difusão
Com Silvio Da-Rin
Dia 7/12, às 9h
Ao longo dos últimos quinze anos, aumentou significativamente no Brasil a produção de documentários de longa-metragem. Em parte, em decorrência das políticas públicas de fomento ao audiovisual, mas também das facilidades de produção no domínio digital. Esse fenômeno vem sendo acompanhado de significativo número de documentários lançados no circuito comercial de cinemas – cerca de 30% das estreias nacionais. No entanto, o público que assiste esses documentários mostra-se reduzido, com exceções no caso dos musicais. Ao mesmo tempo, a televisão brasileira, aberta ou de acesso condicionado, continua resistente ao licenciamento e programação de documentários de produção independente. Esse panorama pode mudar com a recente regulamentação da Lei N° 12.485? As novas plataformas digitais podem absorver em escala a produção documental? Quando pensamos a difusão, impõe-se a pergunta: qual o lugar do documentário?
“Cinema na primeira pessoa: autobiografias documentais”
Com Francisco Serafim
Dia 7/12, às 9h
Abordagem e análise de uma temática muito frequente nas produções documentais contemporâneas, a presença do realizador no filme que tem como tema principal a sua própria história. Esses filmes autobiográficos fazem parte hoje de praticamente todos os festivais de cinema documentário, sendo que alguns são feitos na urgência e utilizam o cinema como veículo para a compreensão de suas histórias de vida. São múltiplos os interesses que levam um diretor a se revelar, se desnudar face à câmera, mas todos têm como objetivo trazer aquilo que normalmente ficava nos bastidores da realização, ou melhor, atrás das câmeras. O objetivo é, de forma panorâmica, mostrar e analisar como essas vidas são mostradas, que estratégias usam esses cineastas para se revelar no filme, como se encontra sua presença na tela, e quais dispositivos e elementos fílmicos são empregados para esta auto-mostração.
Outros documentários
Com Beatriz Furtado
Dia 8/12, às 9h
Apresentação de um conjunto de obras fílmicas expostas nas últimas bienais de Veneza, Istambul, Praga e São Paulo. Trata-se de uma tentativa de compreender os modos como essas obras articulam uma outra dimensão da cena/performance e de como instauram um modo de dizer do mundo a partir de seus documentos.
Mídia indígena e o filme enquanto “auto-retrato”
Com Joceny Pinheiro
Dia 8/12, às 9h
O surgimento da chamada mídia indígena – entendida como um modo de apropriação dos meios de comunicação audiovisual pelos povos indígenas – se dá num contexto de mobilização política que é intensificado diante das ameaças à continuidade das formas de viver desses povos. Tendo como ponto de partida a descrição de tal cenário, a apresentação tem por objetivo apontar para o legado da produção videográfica de povos indígenas tanto no Brasil quanto em outras regiões do mundo, assim identificando elementos comuns na história e prática desse tipo de realização.
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