Ontem foi o encerramento do II CachoeiraDoc. Todos os realizadores presentes, estudantes, professores, cachoeiranos e equipe ficaram muito felizes com o Festival nesta edição. Mais feliz, ainda, devem ter ficado os realizadores que ganharam algum prêmio das Mostras Competitivas, confiram abaixo:
Segundo o júri oficial, as premiações, antes de meramente selecionar os melhores filmes exibidos, são, acima de tudo, um gesto que procura apontar para filmes que despertem questões relevantes, no contexto da recente implementação de um curso universitário de cinema em Cachoeira.
Mostra Competitiva Bahia
Menção Honrosa: Por proporcionar um contato com a força mística de um ritual, através de uma atenção a cada gesto, lançando o expectador em um universo de mistério e crença, o júri concede Menção Honrosa ao filme Curandeiros do Jarê, de Marcelo Abreu Góis.
Melhor Filme: Pela forma delicada e cuidadosa como os realizadores nos apresentam os hábitos de uma pequena família, o júri decide premiar Seca Verde, de Simone Dourado e Nicolas Hallet, como melhor filme da Mostra Competitiva Bahia.
Mostra Competitiva Nacional
Menção Honrosa: Pelo modo como o curta se arrisca por caminhos pouco explordos no documentário brasileiro contemporâneo, num formato híbrido entre o documentário, a ficção e a animação, e por abordar possibilidades de criação nos ambientes virtuais de forma irreverente e coerente com seu personagem, o júri oferece Menção Honrosa ao curta As Aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro.
Melhor Curta-metragem: Pela forma rigorosa e radical como os diretores encenam um espaço incomum, articulando aspectos estéticos e políticos, o prêmio de Melhor Curta vai para Bolpebra, de Guilherme Marinho, João Castelo Branco e Rafael Urban.
Melhor Média/longa-metragem: Por tensionar as relações entre tradição e mudança, numa abordagem a um só tempo crítica e afetiva, o júri oferece o prêmio de melhor filme de média ou longa-metragem do II CachoeiraDoc à Bicicletas de Nhanderú, de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira.
O CachoeiraDoc tem também um júri composto de estudantes de cinema da UFRB, que analisaram os filmes e concedem um prêmio a parte. Segue abaixo a premiação, segundo eles.
Prêmios do júri jovem
Melhor curta: Acercadacana, de Felipe Peres Calheiros;
Melhor longa/média: Bicicletas de Nhanderú, de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira;
Melhor filme da Mostra Competitiva Bahia : Seca Verde, de Nicolas Hallet e Simone Dourado;
Menção honrosa: Sala de Milagres, de Marília Hughes e Cláudio Marques.
Confira o catálogo do II CachoeiraDoc (e acompanhe as nossas atualizações no Facebook)!
Sábado (10/12), às 19h, acontecerá no Foyer do auditório do CAHL o lançamento do livro Quando o cinema vira urbanismo: o documentário como ferramenta de abordagem da cidade, de Silvana Olivieri. A publicação tem como foco a produção cinematográfica e documentária – brasileira e estrangeira – que aborda questões que se relacionam com a cidade e a vida urbana. A autora busca discutir a influência que esses recursos audiovisuais podem exercer sobre a prática de urbanismo, tendo como grande influência as noções de “orgânico” e “cristalino”, desenvolvidas, sobretudo, por Gilles Deleuze. Silvana Olivieri é arquiteta urbanista formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), em 1997, e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2007. Atualmente, vem se dedicando à pesquisa e criação nas áreas de Audiovisual e Artes Visuais, caminhando sempre ao lado da Arquitetura e Urbanismo.
Na programação do II CachoeiraDoc teremos três festas, nas noites dos dias 07, 08 e 09/12:
Banda Escola Pública
Na abertura (07/12), na Praça d´Ajuda, a festa continua depois da exibição do filme Marighella, com o show da Banda Escola Pública. Formado há dois anos por alunos da UFRB, o grupo já emplacou seu primeiro videoclipe com a música “Socorro, Meu Deus” na programação da MTV. A banda está iniciando o processo de gravação do seu primeiro disco.
Samba do GIA
O Samba GIA, tradicional das quintas-feiras no bairro de Santo Antônio em Salvador, será transferido para Cachoeira, na quinta-feira, dia 08/12, às 22h, no também tradicional ponto de encontro de artistas e poetas no Recôncavo, o Pouso da Palavra. O GIA - Grupo de Interferência Ambiental, é formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e (às vezes) músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas contemporâneas e sua pluralidade, mais especificamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Pode-se dizer que as práticas do GIA beberam na fonte da arte conceitual, em que o estatuto da obra de arte é negado, em favor do processo e, muitas vezes, da ação efêmera, buscando uma reconfiguração da relação entre o artista e o público. Dois dos integrantes do GIA (Everton Marco e Tiago Ribeiro) são responsáveis pela programação visual do CachoeiraDoc.
Cinema Cantado
Na sexta à noite (09/12, às 22h), no Café com Arte, teremos uma festa de lançamento da revista +Cinemas, produzida pelo PET Cinema da UFRB. Na ocasião haverá apresentação de uma banda formada por Guilherme Maia: baixo; Eddu Nascimento: guitarra e violão; Victor Augusto: guitarra e violão; Ângela Moura: voz; com um show intitulado Cinema Cantado, apresentando cerca de 12 canções de filmes brasileiros. Depois se apresentará também Jaba Pureza.
Confira o VT (feito por Alequine Sampaio e Raquel Castro) do II CachoeiraDoc:
Além de mostra de filmes e conferências, o II Festival de Documentários de Cachoeira – CachoeiraDoc também oferece atividades especiais para estudantes e profissionais da área audiovisual. Nesse ano, teremos a oficina O som no documentário, que será ministrada por Nicolas Hallet e Simone Dourado. A oficina visa o aprofundamento da prática e a reflexão estética sobre o som no documentário. Entre os conteúdos que serão trabalhados constam: captação de áudio em meios interno e externo - trabalho com a acústica do lugar, uso dos microfones adaptados, revisão e organização do material captado, passagem do analógico para o digital, do digital para a ilha de edição, sincronização.
A pré-inscrição na oficina (haverá uma seleção dos candidatos inscritos) pode ser feita clicando aqui, até o dia 02/12! - pré-inscrições encerradas!
"Bahêa Minha Vida" é um longa metragem que evidencia que o Bahia é mais que um clube mais que paixão loucura amor. Quando um torcedor afirma: “Eu sou BAHÊA!” não é no sentido figurado é no literal. Ele é o clube e o clube também é ele. As vidas se misturam numa só. A grande questão é o porquê de tanto amor. Existe explicação? Um documentário sobre a paixão da torcida sobre sonhos e vida muitas vidas expressas em alegrias e lágrimas em gritos e silêncios em desencantos e euforias. Uma verdadeira homenagem à nação tricolor.Em busca dessa resposta o diretor Marcio Cavalcante e sua equipe entrevistaram 120 pessoas e percorreram sete cidades. Jornalistas jogadores comentaristas árbitros artistas e torcedores especiais são os narradores das alegrias tristezas e superações da trajetória do Tricolor de Aço. As sessões especiais acontecerão no dia 11 de dezembro (domingo), às 11h e às 17h. #borabahêa?
Bahêa Minha Vida (Brasil, 2011, 100’)
De Marcio Cavalcante.